As 7 mulheres francesas mais influentes de todos os tempos

Leia esse post e descubra quem foram as mulheres francesas mais influentes e famosas de todos os tempos.

Você já se perguntou quem foram as mulheres francesas mais influentes de todos os tempos? Elas deixaram sua marca em diversas áreas como cinema, música, filosofia, moda e até mesmo em tempos de guerra. Prepare-se para uma viagem incrível, onde você vai descobrir a importância dessas pioneiras que moldaram o curso da história com sua coragem e brilho único. Vamos lá?!

Jeanne d’Arc (1412 – 1431)

Jeanne D’Arc, cuja data de nascimento ocorreu supostamente no dia 6 de janeiro de 1412, foi uma camponesa em Domrémy. Atualmente essa cidade, que é próxima às famosas Nancy e Strasbourg, é conhecida como Domrémy-la-Pucelle em sua homenagem. O termo “pucelle” significa virgem ou donzela, e Joana ficou famosa como a “Donzela de Orléans”

Essa singela camponesa viveu durante a Guerra dos Cem Anos, cujo conflito ocorreu entre a França e a Inglaterra, durante os anos de 1337 a 1453. 

Sua trajetória se iniciou aos 13 anos, quando ela relatou ouvir o Arcanjo São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida. Segundo Joana, essas vozes lhe ordenaram a expulsar os ingleses e garantir a coroação de Carlos VII em Reims.

Jeanne D'arc era louca ou corajosa? Entre vozes e visões, ela não deixou ser calada e foi uma das mulheres francesas mais importantes da história.

Ela estava tão obstinada que acabou conseguindo ter uma audiência com o Carlos VII. No entanto, precisou percorrer 500 quilômetros a cavalo, e para passar despercebida, cortou os cabelos e vestiu roupas masculinas.

Todavia, a missão de Jeanne ainda não estava completa. Com treinamento militar, ela liderou um exército de 4.000 soldados e chegou à cidade de Orléans em abril de 1429. Após ter saído vitoriosa de duas batalhas, em 17 de julho de 1429, Carlos VII foi coroado rei na cidade Remis.

Todavia, a boa sorte não estava mais a seu favor, além de perder dois outros confrontos ela foi presa pela Igreja Católica. Considerada como bruxa, Jeanne é queimada na fogueira na cidade de Rouen, no ano de 1431, quando ela tinha 19 anos. 

Certamente, Jeanne foi uma das mulheres francesas mais influentes, demonstrando que não há lugar para fraqueza baseada no gênero. Sua coragem mudou o rumo de uma nação, moldando a história como a conhecemos hoje.

Olympe de Gouges (1748-1793)

Marie Gouze nasceu no dia 7 de maio de 1748 em Montauban, na região de Occitânia, próximo a cidade de Toulouse. Pouco se sabe sobre sua vida pessoal antes de se tornar uma figura pública. A princípio, ela casou-se com Louis Aubry em 1765, mas ele morreu e Marie partiu com seu filho para a cidade de Paris. 

O pseudônimo “Olympe de Gouges” foi adotado quando ela iniciou sua carreira como escritora e ativista política. A sua primeira causa foi a luta contra a escravidão. Para isso, ela criou uma peça teatral em 1784 denunciando esse sistema. 

Três anos mais tarde, ela lançou suas Reflexões sobre Homens Negros. Mas, foi durante a Revolução, que ela retornou ao mesmo tema ao criar uma nova obra teatral em apoio à causa abolicionista, intitulada O Mercado Negro.

Olympe de Gouges é sinônimo de liberdade e igualdade, de gênero. Sua história é simplesmente um exemplo de coragem!

Em oposição à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1791, ela lançou a Declaração dos Direitos das Mulheres e dos Cidadãos. Esse texto até hoje é um dos grandes pilares do feminismo moderno. O artigo de abertura dizia mais ou menos assim: A mulher nasce livre e já começa com os mesmos direitos que o homem!

Olympe foi tão engajada politicamente que foi sentenciada à morte e executada em 3 de novembro de 1793. Ela tornou-se a segunda mulher a ser guilhotinada, após Maria Antonieta

Em poucas palavras, resumo que Olympe de Gouges foi uma das mulheres francesas mais influentes na luta pelos direitos humanos e de igualdade de gênero ao redor do mundo.

Marie Curie (1867 – 1934) 

Marie Sklodowska nasceu em 7 de novembro de 1867, em Varsóvia, na Polônia. Ela era a quinta filha de um casal de professores extremamente cultos. Não foi surpresa, então, que se destacasse nos estudos desde pequena e se apaixonasse pelo mundo das ciências. Porém, em seu país, as universidades não aceitavam mulheres. A única saída era buscar o ensino superior no exterior. 

Assim, em outubro de 1891, a jovem polaca chegou a Paris e matriculou-se na Sorbonne. Ela obteve dois diplomas: o primeiro em física e o segundo em matemática. 

Quando ela estava trabalhando em um laboratório de pesquisas físicas, conheceu o professor e físico Pierre Curie. O cupido acertou em cheio e, em  26 de julho de 1895, eles se casaram. A partir desse momento ela se naturalizou francesa e passou a se chamar Marie Curie. O casal teve duas filhas: Irène (que será sua cientista) e Ève. 

Apesar de ter nascido na Polônia, Marie Curie se naturalizou francesa e sem dúvida ela teve uma vida na França muito bem sucedida!

Dentre suas contribuições significativas, Marie Curie e seu marido fizeram duas grandes descobertas: o polônio e o rádio. Como resultado, eles dividiram o prêmio Nobel de física no ano de 1903

Em 1906, Pierre Curie morreu atropelado por uma carruagem. Dois anos após esse incidente, a viúva substituiu o cargo de seu falecido marido e tornou-se a primeira mulher professora universitária na França. Seus esforços não param por aí e, em dezembro de 1911, ela recebe seu segundo prêmio Nobel, agora no campo da química!

Logo após, foi criada a Fundação Curie que iniciou uma era de avanço na utilização da radiação para o tratamento do câncer. Em 1922, ela foi escolhida como membro honorário da Academia de Medicina.

Sem dúvida, Marie Curie foi uma das mulheres francesas mais influentes! Ela faleceu em 4 de julho de 1934, porém seu legado para a humanidade será eterno.

Coco Chanel (1883 – 1971) 

Coco Chanel, ou melhor, Gabrielle Bonheur Chanel, nasceu em 19 de agosto de 1883, na cidade de Saumur, na região chamada Pays de Loire, na França. Esta é outra das mulheres francesas mais influentes, que também teve uma infância difícil e cheia de sofrimento. Sua infância foi marcada por dificuldades após a morte da mãe e o abandono do pai, que a deixou em um orfanato onde ela descobriu seu talento para costura. 

Aos 24 anos, adotou o apelido “Coco” e começou a cantar em cafés locais. Mas, foi ao lado do rico Étienne Balsan, um entusiasta dos cavalos de corrida que sua carreira de modista decolou. Ao lado dele, Chanel viveu um relacionamento amoroso que lhe rendeu também o convívio na alta sociedade e riqueza. 

Coco Chanel exemplo de mulher guerreira e ousada, mostrou a sociedade o que é moda! Muito do que usamos hoje devemos agradecer a essa estrela da costura.

Desafiando normas de gênero, Coco Chanel popularizou o uso de roupas masculinas como calças e camisas polo, além de criar chapéus que conquistaram a elite parisiense. Por ironia do destino, foi através do seu ex-amor, que ela conheceu Arthur Capel, conhecido como Boy. Ele se tornou seu grande amor e apoiador financeiro crucial. 

Em 1909, abriu sua primeira boutique em Paris, lançando uma carreira que revolucionaria o vestuário feminino ao eliminar espartilhos e ajustar vestidos para revelar tornozelos. Outra peça icônica francesa que se tornou um clichê foi a camisa de marinheiro e a boina. Outrossim, sua ousadia também se estendeu à perfumaria com o lançamento de Chanel No. 5, um dos perfumes mais vendidos até hoje

No ano de 1926, introduziu o icônico “vestidinho preto“, transformando o traje de luto em símbolo de elegância e simplicidade. Por fim, em 10 de janeiro de 1971, aos 87 anos, Coco Chanel faleceu em sua suíte no Hotel Ritz, na Place Vendôme, Paris, encerrando uma vida marcada por inovação e influência duradoura na moda e na cultura francesa.

Simone de Beauvoir (1908 – 1986)

Simone Lucie Ernestine Marie Bertrand de Beauvoir veio ao mundo em 9 de janeiro de 1908, na cidade de Paris. Embora tenha nascido em um lar provido de dinheiro, com muito rigor e religiosidade, logo mostrou que não seria apenas mais uma na sociedade. 

Mesmo após a ruína financeira de sua família, Simone desafiou as convenções de sua época e foi bem sucedida. Aos 14 anos, optou pelo ateísmo e continuou a se dedicar aos estudos. Logo depois do lycée, ela estudou matemática, filosofia e letras. 

Simone de Beauvoir foi uma mulher que revolucionou o mundo através da escrita. As  suas palavras tiveram o poder de mostrar a força e inteligência de uma mulher.

Beauvoir alcançou a segunda colocação no concurso de agregação em filosofia, ficando atrás somente do renomado escritor e filósofo Jean-Paul Sartre. De fato, ela teve com Sartre uma relação amorosa intensa e bastante moderna para a época. Durante muitos anos, os dois mantiveram um relacionamento aberto, tendo Beauvoir colecionado alguns romances tanto com homens quanto com mulheres. Sua sede de liberdade era tanta que ela recusou a oferta de casamento de Sartre, preferindo manter sua autonomia. 

Descontente com a docência, deixou a profissão em 1943 para se dedicar à escrita. Em 1945, co-fundou a revista “Les Temps Modernes” com Sartre e outros intelectuais, promovendo o existencialismo. Seus escritos sobre comunismo, ateísmo e existencialismo lhe deram independência financeira e permitiram que ela se dedicasse integralmente à escrita. 

Finalmente, ela alcançou reconhecimento com a publicação de “Le Deuxième Sexe” em 1949, uma obra filosófica e feminista. Simone se tornou uma das mulheres francesas mais influentes, libertárias e feministas no planeta, destacando-se em seu tempo e permanecendo uma referência até hoje.

Édith Piaf (1915 – 1963) 

A vida de Édith Giovanna Gassion, não foi tão “La Vie en Rose” assim desde o começo. A cantora da célebre canção “Non, Je Ne Regrette Rien“, nasceu em meio a pobreza em 19 de dezembro de 1915, em Paris.

Criada pela avó alcoólatra após sua mãe abandoná-la e seu pai partir para a guerra, ela enfrentou a cegueira temporária aos 8 anos. Porém, milagrosamente recuperou a visão após suas preces.

Édith começou a cantar nas ruas de Paris aos 15 anos, encorajada pelo pai, e logo após viveu a tragédia da perda de sua filha Marcelle, aos dois anos de idade. A vida da artista se transformou quando conheceu Louis Leplée. Ele era gerente de um famoso cabaré em Paris, que ao ouvir a voz de Édith a chamou de pardalzinho (“La môme Piaf”). Por certo, esse nome foi inspirado em sua pequena estatura, qual seja, 1m47. Assim, com um toque de originalidade e um empurrão do destino, ela ganhou seu nome artístico e um padrinho que abriu as portas dos cabarés. 

Édith Piaf era pequena apenas em estatura. Essa grande mulher conquistou o coração dos franceses e de todos que já ouviram suas canções emblemáticas.

A fama de Piaf se tornou internacional, levando-a fazer uma turnê nos Estados Unidos em 1948. Nesse ínterim conheceu o boxeador Marcel Cerdan, o homem que inspirou sua canção “Hino ao Amor”. Mas, como a vida de Piaf parecia ser um melodrama francês, seu grande amor morreu tragicamente em um acidente de avião. 

Aos 47 anos, em 10 de outubro de 1963, Piaf faleceu devido à ruptura de um aneurisma, após enfrentar dificuldades contínuas, incluindo um acidente de carro que a deixou viciada em morfina. Sua vida foi uma saga de altos e baixos, marcada por amores intensos e tragédias pessoais. Mas, foi sua carreira artística que a tornou uma das mulheres francesas mais renomadas e influentes do século XX.

Brigitte Bardot (1934 – presente) 

Brigitte Anne-Marie Bardot definitivamente é uma das mulheres francesas mais influentes de todos os tempos. Ela foi uma diva do cinema francês, símbolo da mulher livre e desinibida, conhecida tanto por sua beleza quanto por seu talento dramatúrgico. 

Nascida em 28 de setembro de 1934, em Paris, em uma família rica e muito rígida. A princípio, ela desenvolveu uma paixão pelo balé por insistência de sua mãe. Contudo, sua carreira começou como modelo, aos 15 anos, quando apareceu na capa da revista Elle

Sua história cinematográfica, por sua vez, começou com o diretor Marc Allégret que percebeu a estrela que reluzia em Bardot. Nesse meio tempo, ela encontrou Roger Vadim, um produtor e cineasta, com quem se casou aos 18 anos.

Essa atriz francesa alcançou fama com “Et Dieu créa la femme” de Vadim, que a transformou em símbolo sexual. Logo depois veio a carreira internacional, interpretando papéis nos Estados Unidos e na Itália. A saber, os americanos ficaram tão fascinados por seu carisma que começaram a chamá-la de “BB”.  

Brigitte Bardot ou BB para os fãs, essa mulher é um sexy símbolo que conquistou o mundo inteiro.

Não apenas sua vida profissional era intensa como também sua vida pessoal. Brigitte Bardot, além de seus inúmeros relacionamentos casuais, foi ao altar quatro vezes! BB enfrentou sérios problemas emocionais. Isso resultou em quatro tentativas de suicídio e no seu distanciamento com seu único filho, Nicolas-Jacques Charrier.

Então, em 1986, ela se afastou da mídia e fundou a Brigitte Bardot Foundation para salvar animais. Hoje em dia, aos 89 anos, ela continua morando na sua casa de veraneio em Saint-Tropez. 

Com toda certeza, Bardot revolucionou a imagem das mulheres, colocou Saint-Tropez no mapa e virou referência mundial. Por fim, se quiser saber mais, indico a minissérie Bardot, disponível na Netflix. Você vai se surpreender com a qualidade da produção, a riqueza de detalhes, além da excelente atuação do elenco. 

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