Morar na França: o que ninguém te conta

Morar na França parece um sonho… até você chegar. Recomeçar costuma ser doloroso. E o impacto emocional disso… é o que ninguém te conta. É por isso que estou aqui: para te preparar de verdade. Este artigo é para você que sonha em morar na França, mas quer saber a real — sem romantização, sem filtros. Vamos lá? O que eu faria diferente (emocional e psicológico) Se eu pudesse voltar no tempo, uma das primeiras coisas que eu faria, sem dúvida, seria começar terapia ainda no Brasil. Isso porque eu subestimei o impacto psicológico de imigrar. A verdade é que, ao chegar aqui, tudo te tira do eixo: o idioma, a solidão, o isolamento cultural, a falta de familiaridade com absolutamente tudo. Além disso, eu também teria começado a construir uma rede de apoio ainda antes de sair do Brasil — mesmo que fosse online. Se, por acaso, eu tivesse conhecido brasileiros que já viviam aqui, teria chegado com muito mais consciência da realidade. E mais importante ainda: eu teria buscado me conectar com franceses antes mesmo da mudança. Conversado com nativos, participado de grupos no Facebook ou em apps de conversação como, por exemplo, o Hellotalk. Sem dúvida, isso teria feito toda a diferença — não só no idioma, mas na sensação de pertencimento. Porque confiar tudo — apoio, escuta, adaptação — a uma única pessoa, mesmo que seja seu marido ou companheiro, é um peso enorme. Afinal, quando essa pessoa é seu único laço, tudo se mistura: frustração, dependência, solidão, cobrança… Você se sente preso emocionalmente — e isso fragiliza até os relacionamentos mais fortes. Por outro lado, ter pelo menos um amigo, ou qualquer outro contato fora do seu parceiro, traz alívio, autonomia e mais equilíbrio emocional. Se eu soubesse disso antes, teria feito de tudo pra não chegar aqui sozinha — mesmo estando acompanhada. Por fim, posso dizer com convicção: trabalhar o emocional com antecedência, certamente te fará sofrer menos no começo. Morar fora é incrível, sim, mas também é solitário, frustrante e exaustivo. Portanto, você precisa estar inteiro para aguentar esse recomeço. O que eu faria diferente (prático e financeiro) Se tem algo que me pegou de jeito foi a maternidade fora do meu país. Minha filha nasceu na França — e eu passei por exames, consultas e o parto sem entender direito o que estava acontecendo. Mesmo com francês intermediário, o vocabulário médico me travava. Eu me sentia vulnerável, insegura e sozinha. E não foi por falta de querer — é que o idioma pesa, e pesa muito quando o assunto é saúde, corpo e filho. E mesmo morando com um francês, a burocracia nos engoliu. Traduções juramentadas caríssimas, documentos que vinham do Brasil, voltavam, davam erro… Gastos que ninguém menciona, mas que somam rápido: E no meio disso, minha carreira travou. O que eu fazia no Brasil aqui não tem o mesmo valor. O meu currículo simplesmente não encaixava no modelo francês. Se eu pudesse voltar no tempo, teria feito duas coisas fundamentais: Na França, tudo exige capacitação. É um país de diplomas e validações — e se você não tem o que é pedido, não entra. Conselho direto pra quem deseja morar na França Se você ainda está no Brasil e sonha em morar na França, não tome essa decisão no impulso. Não venha movido pela raiva do Brasil ou pela ilusão das redes sociais. Morar aqui transforma, sim — mas também exige que você recomece em outra base. E isso não é só sobre idioma ou papelada: é sobre quem você é, o que você traz e como você se posiciona. Então, se eu pudesse te deixar um único conselho, baseado em tudo que eu faria diferente, seria esse: Você não precisa ter tudo resolvido. Mas, precisa saber para onde está indo. Porque clareza e preparo profissional são o que separam quem sobrevive de quem realmente consegue recomeçar. E aqui no França na Real, eu vou te ajudar a construir esse caminho — passo a passo. Esses artigos podem te interessar:

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