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O lado oculto dos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris

Todo mundo adora esses eventos esportivos que enaltecem nossos atletas e também nosso país. Portanto, aguardamos com grande expectativa os Jogos Olímpicos de 2024 em Paris. Eles prometem muito brilho e glamour, mas será que tudo é tão perfeito assim? Vamos dar uma espiadinha por trás dos bastidores. Leia este post e descubra as verdades escondidas desse espetáculo na França. Afinal, nem tudo que reluz é ouro olímpico! Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris Normalmente, a festa de abertura dos Jogos Olímpicos ocorre em um estádio, como em 2016, no Maracanã, Rio de Janeiro. Escolher um campo de futebol para a cerimônia garante logística eficiente e segurança do público. No entanto, Paris quebrará essa tradição e celebrará às margens do Rio Sena, em um trajeto de 6 km. No dia 26 de julho, às 19h30, 320 mil pessoas assistirão ao desfile das delegações, com 180 barcos navegando entre a Pont d’Austerlitz e a Pont d’Iéna. Serão 100.000 lugares pagos (de 90 euros a 2.700 euros) nos cais inferiores do Sena, e 220.000 gratuitos nas plataformas altas. Mesmo não sendo especialista em segurança pública, é fato que a França tem enfrentado uma série de ataques e ameaças ao longo dos anos. Então, fica o meu questionamento de como o governo vai proteger as margens do rio durante esse desfile.  O perímetro é aberto e não num estádio fechado mais simples de controlar. A verdade é que o país está com dificuldade para contratar agentes de segurança. Este ano, muitas cidades não fizeram suas festividades de 14 de julho, por falta de seus agentes.  Essa situação é tão caótica que as pessoas precisarão chegar às 15h30 e esperar no calor escaldante do verão europeu até a cerimônia começar. Qual estrutura está sendo ofertada aos turistas do mundo inteiro para que não passem por tanto desconforto e incerteza? É estranho que o Ministro do Interior, Gérald Darmanin, tenha inicialmente anunciado 600 mil espectadores, reduzindo o número para metade. Além do mais, os organizadores do evento agora reservarão os lugares gratuitos para “convidados”. Por fim, espero que tudo corra bem no dia, mesmo achando que a cerimônia no rio Sena pareça uma verdadeira loucura. Questões ambientais não resolvidas  Inicialmente, vamos falar da competição de surfe que acontecerá na praia de Teahupo’o, no Taiti, território ultramarino da República Francesa. A organização dos Jogos Olímpicos de Paris escolheu realizar essa modalidade na Polinésia a fim de espalhar os eventos por todo o território francês. Será uma distância de mais de 15 mil quilômetros até a cidade-sede dos jogos. A ideia seria excelente se não fosse por um problema: a construção das torres dos juízes está destruindo recifes de coral no Taiti. Apesar da oposição de muitas organizações ambientais, a Comissão permaneceu firme. Assim, entre os dias 27 a 30 de julho, a competição ocorrerá em Teahupo’o. Os atletas enfrentarão ondas em uma das praias mais icônicas do surfe, enquanto a construção das infraestruturas olímpicas continua a gerar preocupações ambientais. Outra questão ambiental envolve o esforço para limpar o rio Sena. Esse é um assunto de grande importância e custo para os franceses, totalizando aproximadamente 1,4 bilhões de euros. Após a cerimônia de abertura, o Sena será o local das competições de triathlon nos dias 30 e 31 de julho, e 5 de agosto. Em seguida, haverá as provas de natação nos dias 8 e 9 de agosto, e, finalmente, o paratriathlon acontecerá nos dias 1º e 2 de setembro. Para demonstrar que a água está adequada para competições, a ministra dos Esportes, Amélie Oudéa-Castéra, nadou no rio, vestindo um traje de natação que cobria quase todo o seu corpo. Logo depois, em 17 de julho, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, também mergulhou no rio. Contudo, os jornais franceses estão escondendo que, pouco antes das competições, os níveis da bactéria E. coli estavam acima dos padrões aceitáveis na maioria dos dias. Pois bem, cada um faça suas considerações, mas eu não vou me arriscar a me banhar nesse rio! Impacto da Vila Olímpica para os moradores locais A famosa Vila Olímpica é o espaço destinado a acomodação dos atletas. Ela foi construída em Seine-Saint-Denis, um dos subúrbios mais pobres da França. Segundo o site oficial dos Jogos Olímpicos de Paris, a Vila acomodará 14.500 atletas Olímpicos e, após os Jogos, 6.000 atletas Paraolímpicos. Ao encerrarem o evento, mais de 2.800 apartamentos e uma área comercial com capacidade para 6 mil funcionários serão remodelados para futuramente serem alugados ou vendidos. O conceito inicial é que haja um processo de transformação urbana das áreas degradadas. Como resultado, o projeto tenta impulsionar a economia e melhorar a infraestrutura da região. Mas, será que as três comunidades que vão receber essa “revitalização” (Seine-Saint-Denis, Saint-Ouen-Sur-Seine e Île-Saint-Denis) foram consultadas?  Acredito que a decisão sobre a instalação urbana não deveria ser feita por quem está de passagem, mas sim por quem vive lá. Afinal, os visitantes não vão ter que lidar com as consequências do que é decidido! De fato, esse fenômeno pode ter algum efeito positivo, assim como pode resultar em um exacerbado aumento do custo de vida e deslocamento da população local.  Vamos ser francos: a população de Seine-Saint-Denis não terá condições de comprar esses imóveis. Esse empreendimento não vai solucionar o problema habitacional na região. O que realmente faria a diferença seria a construção de centros de saúde, escolas e farmácias. Por último, gostaria de esclarecer que não sou contra os Jogos Olímpicos. No entanto, acredito que um país não deve assumir essa responsabilidade a qualquer custo. Ignorar o bem-estar de sua população, desrespeitar o meio ambiente ou colocar em risco a saúde e a segurança das pessoas está longe do lema francês “Liberté, Égalité, Fraternité”.

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Safari Peaugres: Mais que um zoológico na França

Se você é fã de zoológico, o Safari Peaugres, situado no departamento da Ardèche, na França, é um lugar imperdível para explorar. Muito mais que um zoo comum, este parque oferece uma experiência de safári autêntica, permitindo uma imersão completa na natureza e entre os animais. Confira este post e descubra como embarcar nessa aventura selvagem! Localização, horários e tarifas  O Safari de Peaugres é um zoológico enorme na França, com 80 hectares e mais de 1200 animais de diversas espécies distintas. Localizado em Peaugres, na região de Auvergne-Rhône-Alpes, ele fica a quinze minutos de carro de Annonay e a uma hora e meia de Lyon.  Este zoo, fundado em 1974 pelo Conde Paul de la Panouse, é uma das atrações turísticas mais visitadas do departamento da Ardèche. Para se ter uma ideia de sua popularidade, em 2022, o parque recebeu quase 387 mil visitantes, conforme informações do site natureetzoo.fr.   Os guichês de entrada abrem às 9h30 e o zoo encerra suas atividades às 19h. Em 2024, os ingressos disponíveis no local custam 24,50 euros para crianças e 28,90 euros para adultos. Vale lembrar que crianças com menos de três anos têm entrada gratuita. Contudo, se você, como eu, gosta de economizar, organize-se e compre os ingressos online com uma semana de antecedência. O chamado “billet futé” custa 19,50 euros para crianças e 23,90 euros para adultos.  Há outros pacotes que podem ser vantajosos para grupos maiores, além de atrações como a hospedagem em uma de suas cabanas “perchées”. Todavia, prepare o bolso, porque essa experiência pode ser bastante cara, por exemplo, a diária para um casal custa em torno de 400 euros. Circuito de carro do Zoológico e Safari Peaugres O circuito de carro começa da seguinte forma: ao sair da estrada principal, você encontrará uma via asfaltada com vários guichês de bilheteria. Após apresentar os bilhetes comprados online ou adquiri-los na hora, você terá duas opções: virar à esquerda para começar o circuito a pé ou seguir em frente para fazê-lo de carro. Eu optei em começar minha visita pelo Safari de carro que tem uma duração média de uma hora. Durante esse percurso, você só pode descer na área dos elefantes, que é protegida por barreiras.  Depois, para prosseguir com o passeio, todos devem permanecer dentro de seus veículos com os vidros fechados, pois começa o verdadeiro safári. A velocidade permitida é de 30 km/h, e é necessário ter paciência, já que os visitantes frequentemente param seus carros para fotografar e observar os animais.  Na selva africana, é possível avistar gazelas, avestruzes, camelos, girafas, hipopótamos, rinocerontes brancos e zebras. Logo após, você passará pela área dedicada à América do Norte, onde poderá observar lobos brancos, ursos negros e bisões. No entanto, gostaria de avisar que, em minha primeira tentativa, não conseguimos ver nenhum urso! Desse modo, minha família e eu decidimos fazer um segundo passeio antes das 18 horas, quando o tour de carro pelo safári é encerrado. Ao final do dia, os ursos decidiram finalmente dar as caras e se mostrar em peso. Foi um verdadeiro desfile! Alguns estavam até no meio da rua, o que, para mim, foi a oportunidade perfeita para tirar várias fotos e filmar o que parecia um verdadeiro espetáculo. Circuito a pé do Zoológico e Safari Peaugres O trajeto a pé começa com pelicanos e flamingos. A partir desse ponto, posso garantir que a lista de animais é extensa. Para não alongar demais o artigo, vou me ater a alguns detalhes.  Muitos deles estão em uma área mais protegida, e para vê-los de perto, você precisa entrar em uma espécie de câmara com portas que impedem a fuga desses nossos amiguinhos. Entre os diversos contatos, você pode ficar próximo a araras, morcegos, corujas e, o que mais me impressionou, foram os cangurus, a apenas alguns centímetros de distância. É claro que, por razões de segurança, o parque mantém apenas os menores nesse espaço livre para os visitantes. Se deseja ficar bem perto das girafas, basta subir alguns degraus e você estará lá! Existem dois pontos de observação: um está em frente ao belíssimo prédio da administração e o outro foi projetado como um castelo, próximo às cegonhas. No quesito do mundo aquático, na “baie des otaries” temos os pinguim-do-cabo e as focas da Califórnia. O mais legal é que basta descer uns degraus e ver o fundo da piscina e o show está garantido. É imersão para todo lado! Ao avançarmos para a área mais selvagem, chegamos à seção dos felinos. O que mais me impactou foi a presença de um túnel de vidro, onde você pode ver um tigre ou leão passando bem acima da sua cabeça a qualquer momento. No entanto, naquele dia, eles estavam bastante tranquilos e nada aconteceu. Finalizei meu dia ficando cara a cara com os lêmures, que são primatas da ilha de Madagascar e com os animais da fazenda.  Show de alimentação dos animais Reserve uns minutos de sua programação para acompanhar a alimentação de alguns animais:  a) Durante a semana: 14h00 = panda-ruivo e lontras 15h00 = girafas 15h30 = répteis  16h15 = guepardos  17h15 = elefantes b) Durante os finais de semana: 14h00 = panda-ruivo e lontras 15h00 = lobos-guará 15h30 = animais da fazenda de Léonie 16h15 = animais carnívoros do espaço “griffes et crocs”  17h15 = elefantes Dicas valiosas  A estrutura do parque é boa. O circuito a pé dispõe de três imensos estacionamentos, que são cobertos por grandes painéis solares. Tente escolher o mais próximo da entrada, pois na saída todos estarão cansados.  Você encontrará várias placas sinalizadoras para ajudar na orientação, além de banheiros e restaurantes. Com exceção do toilette em frente à casa dos elefantes, que fica logo após a bilheteria, os demais são limpos e modernos. Uma consideração importante é que almoçar no Safari Peaugres pode não ser a melhor opção. Além dos preços elevados, as opções de alimentação são restritas a lanches e refeições rápidas. No dia da minha visita, a cafeteria que parecia ser

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Castelo de Grignan: Uma Jóia na Drôme, França

Você que adora assistir filmes de época, que tal conhecer o Castelo de Grignan na França? Segundo o Ministério da Cultura existem cerca de 11.000 castelos oficialmente registrados. No entanto, há boatos de que o número real chega a 45.000. Impressionante, não é?! Pois bem, quando a gente pensa em castelos na França, logo vem à mente a região do Vale do Loire. Mas, não podemos esquecer do departamento da Drôme, que abriga três monumentos dignos de roteiro turístico: o de Montélimar, o de Suze-la-Rousse e o de Grignan, que é a estrela do meu artigo de hoje. Então, não perca essa oportunidade de viajar no tempo e imaginar-se vivendo no século XVII. Portanto, venha explorar comigo esse cantinho encantador na Drôme Provençale e transforme suas férias em uma aventura épica! Os três principais construtores do Castelo de Grignan Os primeiros registros sobre este château datam do século XI, especificamente de 1035, enquanto a sua evolução arquitetônica se estendeu ao longo de 800 anos. Três pessoas foram responsáveis por sua construção e reforma.  No período renascentista, entre o final do século XV e o início do século XVI, destaca-se Louis Adhémar de Monteil. Ele herdou o castelo de seu pai e teve a missão de transformar a fortaleza em um palácio.  Posteriormente, no século XVII, François Adhémar de Monteil, também conhecido como Conde de Grignan, desempenhou um papel importante. Genro da famosa Marquesa de Sévigné, ele foi responsável pela modificação do aspecto militar do castelo original com a construção da grande fachada renascentista. Durante esse período, o conde organizava diversos bailes, banquetes e peças de teatro, chegando a contratar sua própria trupe de músicos para entreter seus convidados. Por fim, a última benfeitora do castelo foi Marie Fontaine, uma figura notável da era contemporânea. Em 1912, ela comprou o castelo e mandou reconstruí-lo, já que as autoridades revolucionárias o haviam destruído em 1793. Apesar dos seus esforços, a ala norte que leva a um bosque continua em ruínas por falta de recursos financeiros. Marie Fontaine faleceu em 1937, aos 84 anos. Sem deixar herdeiros que se interessaram em dar continuidade ao seu trabalho. Assim, gradualmente, a propriedade foi abandonada até ser adquirida pelo departamento da Drôme em 1979. Somente no ano de 1993, consideraram o castelo um monumento histórico! A presença da Marquesa de Sévigné Grande parte da notoriedade desse château se deve à Marie de Rabutin-Chantal, ou melhor, Marquesa de Sévigné, uma mulher que fez da escrita sua arte. A renomada escritora de cartas manteve correspondência com sua filha, Françoise Marguerite, que era esposa do Conde de Grignan. Suas cartas eram repletas de observações perspicazes e descrições vívidas que ofereceram um vislumbre da vida cotidiana e das intrigas da corte francesa do século XVII. Através das suas palavras, a história e o encanto do castelo foram preservados e celebrados, atraindo visitantes e estudiosos que desejam conhecer mais sobre esse importante período da história francesa. Madame de Sévigné passou um total de quatro anos em três estadias no Château de Grignan. Em sua última visita, em 1696, ela faleceu. Curiosidades sobre a arquitetura do Castelo de Grignan O castelo tem um pátio superior, que fica em oposição ao pátio inferior em frente a fachada renascentista. Esse poço tem 45 metros quadrados de profundidade e servia de cisterna para armazenar água da chuva e abastecer todo o prédio. Além disso, para escoar a água da chuva foram criadas sete esculturas em formato de gárgulas, cada uma representando um dos setes pecados capitais. Essa técnica de drenagem da água é única dessa época e pode ser observada apenas no Castelo de Chambord. Outro ponto interessante é a fachada sul, conhecida como François I. Ela possui ornamentos em forma de chamas na cobertura, que me lembram a chama olímpica. Atualmente, este local recebe espetáculos teatrais em algumas noites de verão. Abaixo desse terraço na face sul, encontra-se a igreja colegiada de Saint-Saveur. Neste edifício estão os sepulcros tanto de Louis Adhémar e de seu pai, Gaucher, quanto a tumba da marquesa de Sévigné. O que se destaca nessa construção é que foi necessário obter autorização do papa para criar um terraço acima do teto da igreja, pois normalmente os templos católicos possuem um teto elevado para o céu. O que esperar da visita Atualmente, a propriedade está em reforma, e grande parte dela não está acessível ao público. Porém, a visita ainda é recomendada. A vista é simplesmente deslumbrante: ao oeste, você pode apreciar um magnífico campo de lavanda e um jardim labiríntico, enquanto ao sul se avista o imponente Monte Ventoux.  Para ser honesta, a área externa do castelo, localizada no alto do vilarejo, já oferece um atrativo que vale a pena. Inclusive tive a sorte de ser espectadora do ensaio fotográfico de um casal de noivos! Os quartos do Château de Grignan, que vão desde as salas de recepção até os apartamentos privados, são luxuosamente mobiliados e decorados. Durante a visita, você poderá admirar sofisticados trabalhos em madeira, uma imponente lareira, pinturas, tapeçarias e diversas obras de arte. Por último, destaco uma sala que exibe três maquetes, ilustrando as diferentes fases da construção do castelo. Dicas práticas e importantes sobre o Castelo de Grignan O castelo de Grignan está localizado no sudeste da França, a cerca de 1 hora e 10 minutos de carro da famosa cidade de Avignon. O château está aberto para visitação o ano todo, exceto nos dias 1º de janeiro, 11 de novembro e durante duas semanas nas férias de Natal. O horário de funcionamento é das 10h às 18h, mas em janeiro, fevereiro, novembro e dezembro, ele fecha uma hora mais cedo, às 17h. Se desejar compre os ingressos diretamente no site e evite ficar esperando na fila.  Os ingressos têm os seguintes preços: dois euros para a visita apenas à área externa, oito euros para incluir a visita ao interior do castelo, e onze euros se você quiser um guia para acompanhá-lo. Crianças com menos de 12 anos têm entrada gratuita. Agora, se você

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As 7 mulheres francesas mais influentes de todos os tempos

Você já se perguntou quem foram as mulheres francesas mais influentes de todos os tempos? Elas deixaram sua marca em diversas áreas como cinema, música, filosofia, moda e até mesmo em tempos de guerra. Prepare-se para uma viagem incrível, onde você vai descobrir a importância dessas pioneiras que moldaram o curso da história com sua coragem e brilho único. Vamos lá?! Jeanne d’Arc (1412 – 1431) Jeanne D’Arc, cuja data de nascimento ocorreu supostamente no dia 6 de janeiro de 1412, foi uma camponesa em Domrémy. Atualmente essa cidade, que é próxima às famosas Nancy e Strasbourg, é conhecida como Domrémy-la-Pucelle em sua homenagem. O termo “pucelle” significa virgem ou donzela, e Joana ficou famosa como a “Donzela de Orléans”.  Essa singela camponesa viveu durante a Guerra dos Cem Anos, cujo conflito ocorreu entre a França e a Inglaterra, durante os anos de 1337 a 1453.  Sua trajetória se iniciou aos 13 anos, quando ela relatou ouvir o Arcanjo São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida. Segundo Joana, essas vozes lhe ordenaram a expulsar os ingleses e garantir a coroação de Carlos VII em Reims. Ela estava tão obstinada que acabou conseguindo ter uma audiência com o Carlos VII. No entanto, precisou percorrer 500 quilômetros a cavalo, e para passar despercebida, cortou os cabelos e vestiu roupas masculinas. Todavia, a missão de Jeanne ainda não estava completa. Com treinamento militar, ela liderou um exército de 4.000 soldados e chegou à cidade de Orléans em abril de 1429. Após ter saído vitoriosa de duas batalhas, em 17 de julho de 1429, Carlos VII foi coroado rei na cidade Remis. Todavia, a boa sorte não estava mais a seu favor, além de perder dois outros confrontos ela foi presa pela Igreja Católica. Considerada como bruxa, Jeanne é queimada na fogueira na cidade de Rouen, no ano de 1431, quando ela tinha 19 anos.  Certamente, Jeanne foi uma das mulheres francesas mais influentes, demonstrando que não há lugar para fraqueza baseada no gênero. Sua coragem mudou o rumo de uma nação, moldando a história como a conhecemos hoje. Olympe de Gouges (1748-1793) Marie Gouze nasceu no dia 7 de maio de 1748 em Montauban, na região de Occitânia, próximo a cidade de Toulouse. Pouco se sabe sobre sua vida pessoal antes de se tornar uma figura pública. A princípio, ela casou-se com Louis Aubry em 1765, mas ele morreu e Marie partiu com seu filho para a cidade de Paris.  O pseudônimo “Olympe de Gouges” foi adotado quando ela iniciou sua carreira como escritora e ativista política. A sua primeira causa foi a luta contra a escravidão. Para isso, ela criou uma peça teatral em 1784 denunciando esse sistema.  Três anos mais tarde, ela lançou suas Reflexões sobre Homens Negros. Mas, foi durante a Revolução, que ela retornou ao mesmo tema ao criar uma nova obra teatral em apoio à causa abolicionista, intitulada O Mercado Negro. Em oposição à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1791, ela lançou a Declaração dos Direitos das Mulheres e dos Cidadãos. Esse texto até hoje é um dos grandes pilares do feminismo moderno. O artigo de abertura dizia mais ou menos assim: A mulher nasce livre e já começa com os mesmos direitos que o homem! Olympe foi tão engajada politicamente que foi sentenciada à morte e executada em 3 de novembro de 1793. Ela tornou-se a segunda mulher a ser guilhotinada, após Maria Antonieta.  Em poucas palavras, resumo que Olympe de Gouges foi uma das mulheres francesas mais influentes na luta pelos direitos humanos e de igualdade de gênero ao redor do mundo. Marie Curie (1867 – 1934)  Marie Sklodowska nasceu em 7 de novembro de 1867, em Varsóvia, na Polônia. Ela era a quinta filha de um casal de professores extremamente cultos. Não foi surpresa, então, que se destacasse nos estudos desde pequena e se apaixonasse pelo mundo das ciências. Porém, em seu país, as universidades não aceitavam mulheres. A única saída era buscar o ensino superior no exterior.  Assim, em outubro de 1891, a jovem polaca chegou a Paris e matriculou-se na Sorbonne. Ela obteve dois diplomas: o primeiro em física e o segundo em matemática.  Quando ela estava trabalhando em um laboratório de pesquisas físicas, conheceu o professor e físico Pierre Curie. O cupido acertou em cheio e, em  26 de julho de 1895, eles se casaram. A partir desse momento ela se naturalizou francesa e passou a se chamar Marie Curie. O casal teve duas filhas: Irène (que será sua cientista) e Ève.  Dentre suas contribuições significativas, Marie Curie e seu marido fizeram duas grandes descobertas: o polônio e o rádio. Como resultado, eles dividiram o prêmio Nobel de física no ano de 1903.  Em 1906, Pierre Curie morreu atropelado por uma carruagem. Dois anos após esse incidente, a viúva substituiu o cargo de seu falecido marido e tornou-se a primeira mulher professora universitária na França. Seus esforços não param por aí e, em dezembro de 1911, ela recebe seu segundo prêmio Nobel, agora no campo da química! Logo após, foi criada a Fundação Curie que iniciou uma era de avanço na utilização da radiação para o tratamento do câncer. Em 1922, ela foi escolhida como membro honorário da Academia de Medicina. Sem dúvida, Marie Curie foi uma das mulheres francesas mais influentes! Ela faleceu em 4 de julho de 1934, porém seu legado para a humanidade será eterno. Coco Chanel (1883 – 1971)  Coco Chanel, ou melhor, Gabrielle Bonheur Chanel, nasceu em 19 de agosto de 1883, na cidade de Saumur, na região chamada Pays de Loire, na França. Esta é outra das mulheres francesas mais influentes, que também teve uma infância difícil e cheia de sofrimento. Sua infância foi marcada por dificuldades após a morte da mãe e o abandono do pai, que a deixou em um orfanato onde ela descobriu seu talento para costura.  Aos 24 anos, adotou o apelido “Coco” e começou a cantar em cafés locais. Mas, foi ao lado do rico Étienne Balsan,

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Festa Nacional Francesa: Comemorações do 14 de Julho

Você já conhece a Festa Nacional Francesa, celebrada em 14 de julho? Este é o feriado mais importante para os franceses, equivalente ao 7 de setembro no Brasil e ao 4 de julho nos Estados Unidos. Neste artigo, você vai descobrir mais sobre a história da França e as tradições que marcam essa data tão especial. Além do mais, vou falar sobre a espetacular queima de fogos de artifício! Vamos lá?! O que a França celebra no dia 14 de julho? A origem da festa nacional francesa de 14 de julho é uma bagunça histórica divertida. Isso porque a data faz referência a dois eventos significativos no país.  O primeiro marco é a famosa Queda da Bastilha, em 14 de julho de 1789. A Bastille era inicialmente uma fortaleza militar que se transformou em uma prisão para dissidentes do regime monárquico absolutista. Os parisienses, num ato de revolta, invadiram o edifício em busca de armas para lutar contra as tropas reais. Ao mesmo tempo, acabaram por libertar os prisioneiros que estavam detidos ali. Contudo, muitos desconhecem o outro lado dessa história. Na verdade, essa ação heroica se resumiu a invadir um prédio que já estava destinado à demolição e que havia apenas sete prisioneiros. Personalidades famosas como Voltaire, Marquês de Sade e Conde Mirabeau, que foram detidos na Bastilha muito antes, já não estavam mais lá.  Mas, mesmo assim, a queda da Bastilha se tornou o ponto de virada da Revolução Francesa, abrindo as portas para uma nova era. Após essa mudança crucial, a França experimentou um período de intensa agitação entre monarquistas, moderados e republicanos. Em seguida, em 14 de julho de 1790, a população comemorou de forma grandiosa o primeiro aniversário da revolta. Esse segundo marco na história francesa ficou conhecido como a Fête de la Fédération. Essa comemoração se estendeu por vários dias e teve um efeito calmante nas tensões entre as diferentes vertentes políticas. Por fim, um século mais tarde, essa data foi oficialmente reconhecida como um feriado nacional e foi somente após a Primeira Guerra Mundial que a celebração se popularizou. Como é a festa nacional francesa atualmente? Hoje em dia, as festividades se estendem por toda a França. O epicentro das celebrações ocorre em Paris, a capital do país.  Na manhã do dia 14 de julho, destaca-se o tradicional desfile militar ao longo da Champs-Élysées, liderado pelo Presidente da República. O desfile inclui unidades militares a pé, motorizadas e aéreas. Além disso, os famosos Bailes dos Bombeiros são realizados.  Muitos franceses se reúnem em família, nas ruas ou nos bares para apreciar os fogos de artifício que iluminam praticamente todas as cidades, organizados pelas prefeituras locais. O espetáculo mais famoso ocorre diante da Torre Eiffel, que se apresenta com as cores da bandeira francesa, atraindo todos os anos milhares de turistas.  O que esperar da Festa Nacional Francesa em 2024?  De acordo com uma reportagem publicada em 11/07/2024 pelo site do Le Figaro, as comemorações deste ano serão mais discretas, inclusive sem a tradicional queima de fogos de artifício em diversas localidades. Isso se deve à falta de pessoal de segurança, que está sendo mobilizado para os Jogos Olímpicos.  Temos como exemplo as cidades de Reims (Marne), Saint-Pair-sur-Mer (Manche), Saint-Jean-de-Luz (Pirenéus Atlânticos) e Saint-Malo (Ille-et-Vilaine), que já anunciaram o cancelamento de seus eventos. Além disso, esta não é a primeira vez que a França implementa medidas mais rigorosas durante as celebrações do 14 de Julho. No ano passado, proibiram a venda de fogos de artifício. O motivo? Algumas pessoas em ato de violência urbana estavam usando esse material como arma contra a polícia. Pois é, até as festas na França têm suas reviravoltas! É fácil viajar pelas estradas da França no 14 de julho? Infelizmente viajar pelas estradas da França no 14 de julho pode ser desafiador. Neste dia, os franceses costumam participar das comemorações em outras cidades. Como resultado, o tráfego nas estradas tende a ser mais intenso. É comum encontrar congestionamentos, especialmente em rotas que levam a grandes centros urbanos ou destinos turísticos populares. Para minimizar dificuldades, recomenda-se planejar a viagem com antecedência e evitar os horários de pico. Se possível, utilize aplicativos de navegação para encontrar rotas alternativas e monitorar o tráfego em tempo real.

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Vale a pena trabalhar como médico na França?

Precisa-se de médico urgentemente para trabalhar na França! Imagine a cena: Você está passeando por charmosos vilarejos franceses e, ao invés de pôsteres anunciando queijos artesanais, vê um cartaz com os dizeres “Procuram-se Médicos”. Você não está lendo errado. Esse pedido de socorro eu mesma já testemunhei algumas vezes. Assim, para os médicos de outros cantos do mundo, isso soa como uma oportunidade brilhante, quase como ganhar na loteria. Mas, atenção! Quando a esmola é grande, o santo desconfia, não é mesmo? Vamos lá, embarque nessa jornada comigo e descubra como é trabalhar como um médico estrangeiro na França. Eu também vou explicar sobre a crise na saúde pública e se vale a pena arriscar seu estetoscópio por aqui! É verdade que a França está sem médicos e por qual razão? O jornal virtual Lexpress divulgou um estudo realizado em 2022 pela IQVIA, empresa que pesquisa dados de saúde. Segundo as suas estatísticas, quase 12% dos franceses vivem sem acesso médico adequado, ou seja, cerca de 7 milhões de pessoas. Dessa forma, se não tomarem medidas para reverter essa tendência, esse número pode aumentar para mais de 20 milhões até 2027. De fato, é difícil compreender que um país desenvolvido enfrenta essa carência. Todavia, podemos encontrar a resposta levando em consideração alguns fatores. O primeiro deles é que muitos profissionais estão se aposentando e os recém-formados não estão interessados em exercer o ofício nas áreas rurais.  Uma matéria publicada pela Santé Académie em 30 de maio de 2024 relata que, em 2022, para cada novo estudante de medicina matriculado, três médicos se aposentaram. Quanto à distribuição geográfica, este artigo revela um dado impressionante. Paris possui uma densidade muito alta, com aproximadamente 888 médicos por 100.000 habitantes. Em contraste, departamentos como Haute-Loire têm uma densidade bem menor, com cerca de 244 médicos por 100.000 habitantes. A outra razão diz respeito às poucas vagas disponíveis nos cursos de medicina. Na França, até o ano de 2020, existia uma espécie de quota. Esse numerus clausus restringia o número de estudantes admitidos nas escolas de medicina a cada ano. Como resultado, essa rigorosa limitação gerou um número insuficiente de profissionais para atender à demanda crescente da população.  Além disso, os diretores dos hospitais universitários afirmam estar sobrecarregados para lidar com novos estudantes. Para completar essa lista de desafios, os profissionais sentem-se pouco reconhecidos, especialmente os médicos generalistas, que têm solicitado melhores condições de trabalho.  Em resumo, sem ações concretas e imediatas, a necessidade de médicos poderá se agravar ainda mais nos próximos anos. Quais especialidades estão em maior escassez na França? Segundo o estudo realizado pela Ipsos e divulgado em 30/05/2024, pela Santé Académie as especialidades que estão mais em falta são: dermatologia, cardiologia, oftalmologia, pediatria, ginecologia e médico generalista.  Um ponto adicional sobre essa questão é que, na França, todos os médicos são especialistas. Isto é, eles têm a obrigação de completar seus estudos através da residência em um hospital. Assim, até mesmo o “médecin traitant” deve passar por esse processo para poder exercer a profissão no país. Quanto à escassez de médicos generalistas existe uma lógica fácil de explicar: na França, o clínico geral atua como um filtro, sendo o primeiro ponto de contato da população com o sistema de saúde. Desse modo, essa é a especialidade que tem mais contato com os pacientes. Por um lado, os médicos de família impedem encaminhamentos desnecessários aos especialistas. Por outro lado, eles têm ficado cada vez mais sobrecarregados, o que justifica a escassez. Quais medidas o governo tem tomado para amenizar essa crise? O governo francês tem adotado várias medidas para enfrentar a crise no sistema de saúde. Em 6 de abril de 2024, o Primeiro-Ministro Gabriel Attal anunciou um conjunto significativo de ações. Primeiramente, ele propõe o aumento substancial de vagas nos cursos de medicina, com planos de adicionar 12.000 vagas até 2025 e mais 16.000 até 2027. Ademais, o Chefe do Governo anunciou que irá designar um encarregado para buscar médicos no exterior que desejem trabalhar na França. Outra proposta que está sendo implementada é o plano de emergência para cuidados continuados. Esse projeto visa a garantir que haja um médico disponível a cada 30 minutos para todos os cidadãos, tanto nos fins de semana como à noite. A terceira medida está gerando controvérsia, pois ela envolve a criação de consultas diretas com fisioterapeutas e especialistas médicos. Isso quer dizer que a população não necessitará passar pelo médico de família. Por fim, o governo também está tentando regularizar a situação dos médicos estrangeiros que já se encontram em exercício no país. A saber, muitos deles estão sem contrato de trabalho ou autorização de residência. Qual é a estimativa de médicos estrangeiros em exercício no país? Um estudo realizado em 2020 sobre médicos estrangeiros, a socióloga Francesca Sirna destacou que a Ordem dos Médicos registrou 22.568 profissionais com diplomas obtidos fora da França atuando regularmente.  Sirna observou que quase metade desses profissionais (45,5%) possui qualificações europeias, enquanto o restante é composto por médicos imigrantes de países não europeus, sobretudo vindo do Magrebe e da África Subsaariana. Como um médico estrangeiro pode trabalhar na França? Primeiramente, é importante esclarecer que, mesmo sendo um cidadão francês, o médico será considerado estrangeiro caso tenha se formado em outro país. Em outras palavras, a Ordem dos Médicos da França leva em conta o local de obtenção do diploma e não a nacionalidade do requerente. Vamos dividir o passo a passo em quatro partes para facilitar a compreensão:  1º) Prova de Competência Linguística O primeiro passo que o médico formado fora da União Europeia deve fazer é comprovar a proficiência na língua francesa. Isso pode ser feito através de certificados de competência linguística, como o nível B2 no DELF (Diplôme d’Études en Langue Française) ou no TCF (Test de Connaissance du Français). Lembrando que esse último é válido apenas por 2 anos.  2º) Reconhecimento do Diploma Logo em seguida, o profissional deve proceder com a validação do diploma. Para isso, existem dois caminhos distintos, quais sejam: a) PACES

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Verdade ou Mentira: 10 Clichês Sobre os Franceses

A camisa de marinheiro e a boina são indispensáveis para os franceses Quando imaginamos um francês típico, é quase automático visualizar alguém com uma camiseta listrada e uma boina, como na foto principal deste post. A famosa marinière, uma camisa branca com listras azuis horizontais, era inicialmente um uniforme da Marinha Francesa até que Coco Chanel a levou para o mundo da moda no início do século XX. Já a “béret”, com suas raízes na região dos Hautes-Pyrénées, foi criada para proteger os pastores do frio, sol e chuva. E adivinhe? Sim, Coco Chanel também deu seu toque mágico e a transformou em um ícone fashion. Para ser sincera, vejo muitos franceses usando essas camisas listradas por aí, mas não é nada de outro mundo. Não significa que esse look seja obrigatório no guarda-roupa de um francês. Quanto à boina, hoje em dia, parece ser mais um acessório do pessoal do campo, especialmente dos mais velhos. Em resumo, posso dizer que já houve um tempo que esse clichê seria uma verdade, já que eram itens da moda. Mas atualmente é uma mentira, que só serve para vender souvenirs aos turistas.  Os franceses são elegantes e chiques Mais um dos clichês é que os franceses são extremamente elegantes e chiques. E não é para menos, já que muitas das grandes marcas e designers de moda vêm da França.  Comparando com o Brasil, meu país de origem, posso confirmar que tanto homens quanto mulheres franceses realmente se vestem com mais sofisticação.  Ao mesmo tempo, noto que as mulheres têm uma certa simplicidade no jeito de se vestir e até na maquiagem. Elas usam poucas bijouterias e acessórios. Mas, aquela “écharpe” no pescoço e a meia-calça com salto alto conferem um charme todo especial! Talvez a verdadeira elegância reside na sutileza e na naturalidade.  Além disso, algo que reforça essa imagem na França é que muitas pessoas mantêm uma aparência esguia, alinhada aos padrões de beleza europeus. Então, para mim, essa é uma verdade sobre os franceses, sobretudo em Paris! Reclamação e mau humor fazem parte da personalidade dos franceses Não se surpreenda se, ao caminhar por uma rua na França, você encontrar algum francês reclamando, resmungando ou bufando. Em Paris, isso é ainda mais evidente, já que os parisienses são famosos por seu temperamento e franqueza.  Em geral, eles podem parecer rudes ou impacientes, especialmente com turistas. No entanto, isso faz parte da história e cultura do país.  Portanto, esse estereótipo é uma verdade! Os franceses são habilidosos em protestar, pois têm uma longa tradição de rebeliões, como demonstrado pela queda da Bastilha, que desencadeou a Revolução Francesa. Os franceses fazem greves e participam de passeatas Aproveitando o que foi dito anteriormente, é importante mencionar que este é um dos clichês sobre os franceses que é verídico. Pode parecer estranho para quem não está habituado à defesa dos direitos, mas faz sentido quando considerado numa perspectiva mais ampla e histórica. Os últimos protestos que repercutiram em todo o país eram relacionados à questão da aposentadoria e à indignação dos agricultores diante da crise que estão enfrentando para sobreviver e continuar produzindo. Logo, a greve e passeata fazem parte da identidade de um povo que sabe lutar pelos seus direitos.  Os franceses trabalham pouco Na França, a jornada de trabalho é de 35 horas por semana. Isso é bem menos do que em vários outros lugares, a exemplo do Brasil, onde a jornada é de 44 horas semanais. E tem mais: a pausa para o almoço pode durar de uma a duas horas.  Se você tentar entrar em um supermercado ou outro estabelecimento comercial 15 minutos antes do horário de fechamento, é bem provável que não consiga. Falo por experiência própria, pois normalmente as portas já estão fechadas. Além dos 11 feriados oficiais, quando chega o verão, a França vira um paraíso de férias. Muitas lojas fecham, e o setor público? Esse então, esqueça! Mas antes que você ache que essa folga toda significa baixa produtividade, está enganado. A França é um dos países mais produtivos da Europa.  Em outras palavras, os franceses não são preguiçosos, só sabem aproveitar a vida. Esse estereótipo é uma mentira, pois o povo francês tem apenas uma maneira diferente (e bem mais legal) de encarar a labuta. Os franceses comem baguetes diariamente É fato que as baguetes são extremamente populares na França. Para uma pessoa acostumada com o pão brasileiro, fiquei impressionada com a qualidade das “boulangeries” francesas.  Ademais, elas podem ser consumidas em todas as refeições, desde o café da manhã até o jantar. Em restaurantes, é garantido que você será servido com uma garrafa de água e uma cestinha com pequenos pedaços de pão. Então, esse é um dos clichês que não poderia ser uma mentira, talvez seja somente um exagero que todos os franceses comem essa delícia diariamente. Na mesa dos franceses não podem faltar queijo e vinho Os queijos e os vinhos franceses possuem uma história de muitos séculos, representando uma tradição profundamente enraizada. A França é uma das principais nações produtoras globalmente desses dois delicados itens.  Para ilustrar sua importância e a veracidade desse clichê, os franceses os consideram elementos essenciais de suas refeições, seja no almoço ou no jantar. Em uma típica refeição, é comum iniciar com uma entrada, seguida de um prato principal, uma seleção de queijos variados e, por fim, a sobremesa.  Quanto ao vinho, a diversidade de produtos em todo o país é notável. Se perguntar ao francês o que ele deseja beber, certamente ele responderá: Vinho! Os franceses comem pernas de rã As “cuisses de grenouilles” fazem parte da alta gastronomia francesa. Confesso que nunca as encontrei no supermercado ou nos menus dos restaurantes. Já o escargot, esse sim é bastante popular por aqui. Eu iria colocar na categoria dos mitos, mas me deparei com uma notícia que me deixou boquiaberta. Segundo a matéria publicada em 14/03/2024, pelo site 30millionsdamis.fr, 557 cientistas e veterinários escreveram uma carta para Emmanuel Macron. Nessa petição, eles alertam sobre os impactos

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Descubra os 11 Feriados Oficiais na França

Neste artigo, vou contar sobre os 11 feriados oficiais da França. Afinal, quem não gosta de um dia de descanso, não é mesmo? Você sabe quais são essas datas especiais e seus costumes? Será que os trabalhadores conseguem aproveitar esses dias de folga? Se você está curioso, então senta que lá vem história! Ano Novo  O Ano Novo é aquela data que praticamente todo mundo comemora em 1º de janeiro – pelo menos nos países que adotaram o calendário gregoriano. A grande festa celebra a transição do ano velho para o novo. Na França, esse é um dos feriados que cai no inverno, então nada de praias ensolaradas. Para quem está acostumado a virar o ano em países tropicais, isso vai ser um choque de realidade! Em outras palavras, nada de usar roupa branca ou pular sete ondinhas no mar. Aqui na França, a moda é ficar dentro de casa, reunir a família para um jantar caprichado. Já os jovens, eles se juntam com os amigos, claro. E para os destemidos, há a tradicional queima de fogos de artifício. Em Paris, por exemplo, a festa começa na Champs-Élysées. Faltando poucos segundos para a contagem regressiva, o espetáculo de som e luz no Arco do Triunfo dá o tom da celebração. Você pode assistir a tudo isso da Place de l’Étoile e da Avenue des Champs-Élysées. Além do mais, não se preocupe se não conseguir estar lá, pois os canais de televisão franceses transmitem o show pirotécnico ao vivo. Você pode curtir o show do conforto do seu sofá quentinho! Outro lugar para admirar os fogos de artifício em Paris é o Trocadéro. Situado estrategicamente em frente à Torre Eiffel, este ponto oferece uma vista deslumbrante do icônico monumento e do show pirotécnico que o acompanha.  Por fim, temos a Euro Disney, aquela vizinha glamourosa de Paris que sabe como ninguém fazer uma festa de Ano Novo com estilo. Mas, prepare-se, porque essa magia toda vem com um preço.  Segunda-feira após o Domingo de Páscoa Ele é um dos feriados na França de origem cristã e está ligado a um dos eventos mais importantes do cristianismo: a ressurreição de Cristo. Primeiramente, na sexta-feira, os cristãos seguem a tradição de comer peixe. Em seguida, temos a Páscoa que acontece no domingo e, por fim, a Segunda-feira de Páscoa. Mas, esta data é móvel. Isto é, ela varia entre 22 de março a 25 de abril, dependendo da lua. Esse feriado sempre cai na segunda-feira, posteriormente ao Domingo de Páscoa. Para saber quando é a Páscoa, você precisa saber que ela é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre depois de 21 de março. Como a data da lua cheia varia a cada ano, a data da Páscoa também muda. Por isso, a Segunda-feira de Páscoa também muda todos os anos. No que concerne aos costumes, na França, é comum o consumo de chocolate, os famosos Ovos de Páscoa. Além disso, os pais franceses organizam as caçadas aos ovos para as crianças nos jardins.  Dia Internacional do Trabalhador e a “fête du muguet” Na França, no dia 1º de maio, celebram-se duas comemorações: o Dia Internacional do Trabalhador e a Festa do Lírio do Vale. Este feriado é um dia sagrado para o descanso, com exceção dos bombeiros, policiais e socorristas em hospitais. Além disso, se o 1º de maio cair num domingo, o trabalhador recebe pelo dia de folga, ou seja, essa data entra no salário. Outra celebração é a “fête du muguet”. Ela consiste na tradição de entregar o muguet às pessoas queridas como um sinal de boa sorte. A tradição é muito antiga. Os celtas usavam o dia para celebrar o seu ano novo, enquanto na Idade Média era tudo sobre pendurar lírios do vale nas portas dos apaixonados. A prática pegou, e agora os trabalhadores também usam essas flores como broche. É o poder do Primeiro de Maio, um feriado com história e muito perfume! Armistício da Segunda Guerra Mundial  Na França, temos um feriado bem específico: o dia 8 de maio, quando comemoramos o fim da Segunda Guerra Mundial. Este evento histórico ocorreu quando os líderes aliados e representantes da Alemanha assinaram o documento de rendição em Reims, na França. O armistício entrou em vigor no dia 8 de maio de 1945, oficializando o fim das hostilidades, conhecido como o Dia da Vitória na Europa. Ascensão de Jesus Cristo ao Céu  Na França, este é mais um dos feriados cristãos. Apesar do país ser laico, ele preserva suas tradições religiosas. A Ascensão remete ao relato bíblico de Jesus Cristo subindo ao céu após ressuscitar dos mortos. Segundo a tradição da Igreja Católica, este evento ocorre 40 dias após a Páscoa, resultando em uma data que varia anualmente entre 30 de abril e 3 de junho. Em 2024, por exemplo, esse feriado ocorreu em 30 de maio. Pentecostes Esse feriado na França também tem origem religiosa, sendo conhecido como Segunda-feira de Pentecostes. Esta celebração sempre ocorre em uma segunda-feira, 49 dias depois da Páscoa. Em 2024, essa data abençoada foi dia 10 de junho. Pentecostes celebra a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus. Mesmo sendo um feriado, nem todo mundo vai poder aproveitar. Depende dos acordos das empresas e das regras dos contratos de trabalho de cada setor.  Dia da Bastilha (Festa nacional francesa) O feriado de 14 de julho é um dos mais importantes na França. Ele marca o aniversário da Queda da Bastilha, que ocorreu em 14 de julho de 1789, um evento que desencadeou a Revolução Francesa. A Bastilha era uma fortaleza na qual o regime monárquico absolutista encarcerava dissidentes políticos. Sua tomada pelos revolucionários parisienses simbolizou o início do fim do Antigo Regime na França.  Atualmente, celebra-se o 14 de julho com desfiles militares, festividades públicas, fogos de artifício e diversas atividades culturais em todo o país.  Assunção de Maria A Assunção, celebrada em 15 de agosto, representa a elevação da Virgem Maria ao céu. Este é

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10 diferenças entre as casas francesas e brasileiras

Neste artigo, exploraremos 10 diferenças marcantes entre as casas francesas e brasileiras, desde a área externa até detalhes aparentemente triviais. Você vai se surpreender como essas distinções podem revelar muito sobre os hábitos e a cultura de cada nação. Se prepare para descobrir como o local onde vivemos pode influenciar e refletir nosso estilo de vida. Então, allons-y!!! Segurança das casas francesas e brasileiras No Brasil, é praticamente uma arte construir imóveis cercados por altos muros, cercas elétricas e grades nas janelas. Os moradores transformam suas casas em verdadeiras fortificações, com sistemas de vigilância dignos de filmes de espionagem. Porteiros e seguranças são figuras comuns, quase como parte da família. Já na França, essa paranoia arquitetônica é praticamente inexistente. Embora algumas casas tenham muros, eles são mais simbólicos do que funcionais. Janelas com grades? Eu nunca vi! E ao invés de porteiros onipresentes, a preferência é por empresas que fazem a limpeza dos prédios, porque contratar funcionários dedicados é um luxo caro demais. Por acaso, moro em um pequeno condomínio de sete casas na França, onde o portão está sempre escancarado! Essa confiança na segurança do bairro contrasta com a realidade de muitas áreas urbanas no Brasil, onde morar se assemelha a viver em uma prisão. Em suma, enquanto os brasileiros transformam suas casas em fortalezas medievais, os franceses adotam uma abordagem mais relaxada e confiável. Essa diferença não é apenas arquitetônica, mas também cultural e social entre os dois países. Condomínios de casas e edifícios altos Uma diferença marcante é a raridade de condomínios de casas e edifícios altos na França, tanto em grandes cidades quanto em cidades menores. Em total divergência, os brasileiros estão cada vez mais se refugiando em condomínios. Seja pela segurança ou pela possibilidade de ter um pouco de tudo nesses enormes empreendimentos imobiliários. Praticamente, você pode viver no condomínio sem nunca precisar sair. Quem nunca foi a um prédio no Brasil que tem piscina, academia, sala de jogos, salão de festas, churrasqueira etc.? Esses tipos de comodidades são comuns no Brasil,  mas na França, são praticamente lendas urbanas.  Além disso, em Paris, uma das cidades mais caras do mundo, há muitos prédios sem elevador. Algo quase impensável para os brasileiros que vivem em edifícios modernos e bem equipados. No Brasil você pode fazer seu churrasco na área comum e descer para um mergulho na piscina. Em contrapartida, na França, você vai estar mais preocupado em preservar o charme da arquitetura histórica e talvez, sonhar com um elevador. Por fim, os brasileiros estão construindo prédios cada vez mais altos que até estão quase alcançando o céu. Enquanto isso, na França, o plano diretor das cidades mantém todos com os pés no chão, literalmente. Pintura e estética das casas francesas e brasileiras Se tem algo que me diverte e ao mesmo tempo me deixa confusa é o colorido do Brasil. De um lado, é incrível ter a liberdade de pintar sua casa do jeitinho que sempre sonhou. Ocorre que, por outro lado, esteticamente falando, aquele festival de cores às vezes parece uma competição de quem consegue chamar mais atenção na vizinhança. Já na França, a coisa é bem diferente. Aqui, os imóveis seguem um padrão de cores determinado pelas prefeituras. As regulamentações de planejamento urbano são tão rigorosas que garantem que as fachadas dos edifícios não destoam da estética e harmonia arquitetônica das cidades.  Assim, ao construir um imóvel em solo francês você terá de apresentar o projeto e verificar qual a paleta de cores está dentro das regras da cidade. Hall de entrada Na França, toda casa e apartamento é equipado com algum móvel no hall de entrada para guardar os casacos de inverno e para retirar os sapatos. Uma cabideira, um armário ou até mesmo um pequeno banco para sentar são itens essenciais. Esse tipo de mobília garante que tudo fique no lugar, além de facilitar a tarefa de tirar e guardar essas peças essenciais para enfrentar o inverno.  A praticidade é essencial quando se tem de enfrentar o frio todos os dias.  Sistema elétrico, térmico e isolação  A corrente elétrica na França opera em 220 volts e as tomadas seguem o padrão europeu, conhecidas como “Type E”. A principal característica desse tipos de tomada são os pinos redondos com um orifício de aterramento (pino terra). os imóveis possuem aquecimento central, e alguns ainda usam lareiras. Isso se dá pelo fato de que não dá para sobreviver no frio europeu com uma estrutura similar às casas e apartamentos brasileiros. Por isso, ao visitar uma casa ou apartamento na França, você notará que todas as torneiras permitem a saída de água tanto fria quanto quente. Outrossim, a regra é a instalação de janelas com vidros duplos para melhorar o isolamento térmico e acústico.  Outro meio de controlar a temperatura e a luminosidade dentro das residências são as cortinas rolantes automáticas. Elas também oferecem mais comodidade aos moradores através de controle remoto ou até mesmo programação automática. Por último, um ponto a desfavor é o fato de que muitas casas francesas não têm ar-condicionado. Porém, as mais modernas possuem sistemas de resfriamento. Esse tipo de tecnologia mantém o piso ligeiramente mais fresco, como ocorre na minha própria casa. Iluminação  Toda casa francesa que se preze ostenta seus abajures de mesa, de chão e arandelas. Tem imóveis que ignoram completamente a luz central e só vivem de luzes indiretas. Particularmente, eu não sou muito fã, porque a casa fica parecendo um set de filme noir. Mas, hoje em dia, muitos lares já estão se rendendo à iluminação nos tetos, assim como no Brasil, iluminando o ambiente de forma mais clara. Camas  No Brasil, a moda da cama-box pegou de jeito! Práticas, econômicas e cada vez mais presentes nos lares brasileiros. Já na França, essa tendência não tem a mesma força. Por aqui, camas-box são quase raridade! Os franceses preferem as tradicionais camas com estrado e colchão, e, claro, com aquele charme europeu que só eles sabem dar. Área de serviço/lavanderia Hoje em dia, muitos apartamentos brasileiros estão super compactos

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Tour de France: A famosa competição de ciclismo

Se você adora pedalar, não perca o Tour de France, a competição de ciclismo mais famosa do planeta. Imagina só, o Tour é tipo a Copa do Mundo das bicicletas, só que com mais subidas íngremes e calafrios! É a prova mais prestigiada e difícil, onde os super-heróis das duas rodas vêm de todos os cantos do mundo para sofrer (e brilhar) juntos. Com uma história rica, cobertura midiática de primeira e desafios que fariam até uma cabra montanhesa tremer, essa competição desportiva é imperdível. Então, bora dar uma olhadinha? Vai que você se inspira e troca o sofá por uma bike! História do Tour de France “Le Tour de France” (A volta da França) é uma competição ciclística que começou em 1º de julho de 1903. Portanto, em 2024, ela completa 121 anos de pedalada intensa! A sua história começou com um jornalista chamado Géo Lefève e seu editor-chefe Henri Desgrange, que tiveram a brilhante ideia de organizar um evento esportivo para alavancar as vendas do jornal “L’auto vélo”. O sucesso do Tour garantiu sua realização anual no mês de julho. Além disso, ao longo dos anos, interromperam a corrida de bicicleta apenas durante as guerras mundiais. Em 1919, por sua vez, foi o marco da camisa amarela. O objetivo era que essa camisa fosse vestida pelo ciclista que estivesse na liderança do ranking. Essa foi mais uma estratégia de marketing genial. Dessa forma, além de facilitar a identificação do líder da prova, a cor vibrante remetia à cor das páginas do jornal “L’auto vélo”. Na década de 1950, o desenvolvimento da televisão possibilitou a transmissão do torneio, o que contribuiu significativamente para aumentar ainda mais a sua popularidade. Mas, a fama mundial só veio entre 1980 a 1990.  Atualmente esse evento ciclístico da França é o mais célebre do planeta, tanto pela distância percorrida, quanto pela complexidade das provas.  Como se dá a realização da prova Essa é a 26ª vez que o Tour de France inicia a competição fora das fronteiras da França. Já teve largada na Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Holanda etc. Este ano, por exemplo, a partida foi em Florença, na Itália, dia 29 de junho. Ao total são 3.498 km de percurso!  Essa será a primeira vez que a chegada não ocorrerá na capital do país. Ela vai acabar dia 21 de julho em Nice, isso porque este ano teremos os Jogos Olímpicos e Paralímpicos em Paris.  Em 2024, foram inscritas 22 equipes, cada uma com 8 pilotos. Assim, o total são 176 competidores. Durante esses 21 dias, apenas 2 dias serão de descanso, os outros dias se dividem em estágios que desafiam as equipes em diferentes tipos de terreno.  As etapas planas são ideais para sprinters, pois não apresentam grandes dificuldades de elevação. Elas permitem velocidades mais altas e emocionantes disputas no final das etapas. Por outro lado, as etapas de montanha são as mais desafiadoras, com subidas íngremes e longas que testam a resistência e a habilidade dos ciclistas. São elas que decidem a classificação geral, já que os escaladores têm a oportunidade de ganhar tempo significativo sobre os rivais. Esse ano, serão percorridas quatro montanhas: Apeninos (Itália), Alpes italianos e franceses, Maciço Central e Pirenéus. Por fim, o Tour de France também inclui duas etapas de contra-relógio, onde os ciclistas competem individualmente contra o relógio em percursos variados.  Premiação  Os prêmios em dinheiro, que sempre despertam curiosidade aos fãs, somam um total de mais de 2,3 milhões de euros.  O vencedor receberá 500.000 euros! Mas, não é só o “camisa amarela” que ganha. Na verdade, cada ciclista que fica entre as primeiras posições recebe uma quantia em dinheiro, tanto por cada etapa percorrida, quanto pela somatória dos pontos alcançados.  Até mesmo os competidores que conseguem chegar à etapa final do Tour de France nas últimas posições receberão 1.000 euros como reconhecimento pelo esforço. Significado das diferentes camisas dos ciclistas No Tour de France, diferentes camisas são usadas para identificar os líderes de várias classificações importantes. Cada uma tem um significado específico: Ela é mais importante, sendo usada pelo ciclista que lidera a classificação geral por tempo. Tanto o ciclista mais veloz ao final de cada etapa quanto o vencedor geral do Tour, vestem a camisa amarela. Representa o líder da classificação por pontos nos sprints, especialmente nas etapas planas.  Indica o “Rei da Montanha”, ou seja, o líder da classificação de escaladores. Os pontos são atribuídos aos ciclistas que chegam primeiro ao topo de montanhas. Denota o melhor jovem ciclista da competição. No entanto, ela só é concedida ao ciclista com menos de 25 anos que tem o menor tempo acumulado na classificação geral.  Curiosidades Antigamente as bicicletas eram verdadeiros tanques, duas vezes mais pesadas que as de hoje em dia! Mas agora, com a tecnologia, os ciclistas estão equipados com bicicletas super leves de fibra de carbono, pesando apenas 7 kg. Ah, e não esqueça do capacete, que agora é item obrigatório. Cada equipe é como uma pequena empresa, com diretor geral, gestores, mecânicos, chef, médico e massagistas. Durante a jornada, os ciclistas se comunicam o tempo todo com suas equipes por rádio, e têm acesso a bicicletas reservas, roupas, comida e bebida através dos carros de apoio. Durante o Tour, dependendo do desafio de cada prova, os competidores podem mandar ver em até 7.000 calorias por dia – três vezes mais do que uma pessoa média gasta num dia inteiro. É muita pedalada e muita comida para manter essa galera na estrada! Outro detalhe interessante é no quesito depilação. Isso mesmo, os competidores raspam os pelos das pernas para ficarem mais rápidos nas etapas de contrarrelógio. Os homens depilados tem uma vantagem de 60 a 75 segundos. Além desse benefício, eles fazem isso para facilitar as massagens e melhorar a cicatrização em caso de acidentes. Por último, a curiosidade mais rápida que um ciclista em descida: qual é a velocidade média dos competidores? Nos terrenos planos, eles podem atingir de 40 a 50 km/h. Em outras palavras, eles são

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